sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Balada para Virgínia no Largo do Pelourinho


Balada para Virgínia no Largo do Pelourinho

Há quem chame auditoria
Há quem prefira inspecção
Quando chega o fim do dia
Só queremos ter o «Razão».
No Largo do Pelourinho
Coração em pé de guerra
Ninguém se sente sozinho
No centro da nossa terra.
Hoje não há vasilhame
Nem taras no Inventário
O Balanço é um exame
Tudo o resto é o contrário
E do Diário Analítico
Já ninguém ouve falar
Neste rio que é político
Vejo o caminho do mar.
Onde o sossego da areia
Aquece tudo o que é mais
Cobranças de Conta Alheia
São factos patrimoniais.
Jornalista antepassado
No Jornal Catarinense
Vai comigo a todo o lado
Tudo passa e tudo vence
No bloco de Juventino
Nas palavras cautelosas
Se desenha um desatino
Feito de espinhos e rosas.
Com  automóveis à beira
Da estrada aos Domingos
E pagavam à lavadeira
Para lavar o pó e os pingos. 

José do Carmo Francisco
  
(Fotografia de autor desconhecido)

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